falo-te da fragilidade do corpo
que culmina na dança
o corpo a redemoinhar ao vento que nasce
no fundo do estômago
arqueando os braços
rodando-o sobre um pé.
se pegar em ti posso quebrar-te
os membros
com a força dos meus braços hidraúlicos
(o controlo da força
é a arte da dança.)
esta será sempre a representação
mais aproximada do movimento
dos nossos corpos quebradiços
em vertigem num quarto vazio
numa praça nocturna:
o medo de tocar-te nos pontos
mais frágeis;
o movimento circular em volta das praças
em busca dos pontos.
porque o teu corpo só se ergue inteiro
quando te despedaças contra os meus braços
abertos
Tiago Araújo
SJ-02 in Fórmulas
Fotografia de Anke
2 comentários:
curioso de facto ;)
" ... e rodopiando o suficiente … consigo sentir-me ébrio … sentir o vento nos cabelos … o arrepio e … sorrio " encontrando-me, inteiro qdo nos teus braços
eu disse-te :)
bjs.
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