21.11.08

Ci fu un tempo



E' mattino sui monti, nella stanza
trapela un fresco sole, mi domandi:
( esiti prima, ti guardi le mani
lievi, sottili come foglia o vetro,
attendo un poco ansioso, ti sorrido)


" Ora, promettimi di essere eterno".
La tua voce pretende una risposta.
Io dico:" Eterno è questo che viviamo."



Ma nelle mie parole v'è il morire
che ci spetta, la brevità del tempo
che ci fu dato in oscura misura,
v'è la passione che non sa durare
oltre il fievole battito del cuore;
v'è la sconfitta e, pure in questa, il bene
di restare nel sole del mattino,
di traversare strettamente insieme
l'ora della stagione ed il destino.














Elio Pecora, da Recinto d'amore (excertos)
in Poesie 1975-1995
Imagem de Luca Patrone

6 comentários:

Jaime A. disse...

Não há eterno;
o infinito prometeu sua morte.
Já não vivemos,
as promessas
caíram em mãos
indiferentes.
Já nem a tua voz
me leva à resposta.
As palavras doeram,
na ruína dos afrescos;
já não (h)ouve um coração;
estradas solidárias
não carregam o sol da manhã.
Fugi;
da minha boca vazou o silêncio;
meus pés julgam-se em atalhos,
em atalhos de bruma.
Não há fado,
sina,
o sempre.
Apenas uma luz fugaz,
entre dois palmos de fumo.

moriana disse...

finitude, apenas finitude...

Jaime A. disse...

Finitos nós que nem sobrevivemos ao que é "nosso".
Bjs

moriana disse...

e o que é "nosso"?...se nada possuímos...

Jaime A. disse...

tudo nos é emprestado...
sempre...

moriana disse...

da vero!
:)
beijo