Memórias dum tempo esquecido, dedilhado na harpa do silêncio. Entre duas colinas sobe um nevoeiro eficaz, mas dolente. Correm-me as lágrimas, numa luz que já nada alumia; há também uma cítara tão escondida pela bruma... minhas mãos gastaram-se, meus olhos, secos. Já não há novos caminhos, há claridades que se estreitam... não alcanço a harpa, já. Agora há fénixes, rastejando por um céu pesado, cerracento. A nostalgia de tocar, toca-me intensa. O tempo lacerado sem regresso, a escuta surda, sombras gráceis, amor devastado...
7 comentários:
Memórias dum tempo esquecido,
dedilhado na harpa do silêncio.
Entre duas colinas
sobe um nevoeiro eficaz,
mas dolente.
Correm-me as lágrimas,
numa luz que já nada alumia;
há também uma cítara
tão escondida pela bruma...
minhas mãos gastaram-se,
meus olhos,
secos.
Já não há novos caminhos,
há claridades que se estreitam...
não alcanço a harpa, já.
Agora há fénixes,
rastejando por um céu
pesado, cerracento.
A nostalgia de tocar, toca-me
intensa.
O tempo lacerado sem regresso,
a escuta surda,
sombras gráceis,
amor devastado...
muito bonito.
beijinhos
Cítara...gosto deste nome, do som das palavras.
Harpa é magia :)
bjs.
is it so? well...
(também certas camisas;)
Gosto imenso desta fotografia da Mariana Castro.
bjs.
mãos que laceram o tempo...
que imagem linda!
Um beijo
a música tem essa magia...
bj.
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