16.10.08

fêtes galantes



Não saio daqui
Não posso.





Não falo pra ti nem ouço.
Se desço arrefeço num caldo arrepio
Estou quase a cair em mim.
Só saio daqui
No osso sem ponta por agarrar,





Mas se tudo o que digo parece castigo
Podes arriscar
E não tenhas medo de caras feias.



A princesa que não quis ser salva
Pelo príncipe que lhe calhou
Subiu as tranças,
Mas o bom rapaz
Escalou a torre com as garras afiadas
E disse,

Não tenho medo de caras feias.




Valter Hugo Mãe/Ana Deus

3 comentários:

Sophia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sophia disse...

Nova versão de Rapunzel?
Gostei! Não se deve mesmo ter medo de caras feias!
;) Baci

moriana disse...

o que mais gosto na Rapunzel (versão moderna) é a capacidade de evasão através da arte. curioso, lembrei-me de um vídeo, "new soul", o momento em que as paisagens que cobrem as paredes da sala se fundem com a realidade...

bj. sophia :)