5.11.08

de quem se encontra perdido

entre a sombra de uma amendoeira
com o teu nome







(...)

carrego nos dedos


este inebriamento de mel


com o teu nome e

o teu odor

e sei que há plácidas tempestades

entre dois seres.












Amadeu Baptista
Pyotr Ilyich Tchaikovsky
Polonaise, de Yevgeni Onegin
(excertos)

Trabalho sobre imagem de Katia Chausheva

4 comentários:

Jaime A. disse...

Perdi-me entre dois naufrágios.
Aperto um anel,
mas nada sei de mim:
só a almofada dos sentidos,
o vagar dum nome,
a quietude do fugaz trovão.
Tenho nesse anel,
na fúria de o apertar,
a escuridão de estar só.
Gozo-a,
gozo-a na caverna da oferenda.
Embala-me o silêncio,
rugirá a tempestade,
mas o ventre leitoso
traz-me sempre de volta ao ser.

antónio paiva disse...

...

muitas vezes;
o melhor são essas tempestades.

(na arte tudo é possível, acho)

:)

moriana disse...

as palavras no silêncio das palavras :)

moriana disse...

há calmarias que anunciam tempestades medonhas (lembra-me o "mar de fora", que chega assim)

(é, até a sua asusência ;)