O cachecol macio a abafar a corrente de ar no estábulo, afinal José tem a cabeça colada e a lã vermelha disfarça o risco no pescoço. Pombas instalam-se nos ramos da árvore, as mensagens penduradas ao peito aquecem tanto como o cachecol tricotado do José. Este ano não haverá soluço escondido, nem olhar culposo entre o grupo, nem inventar que as fadas se atrasam ao domingo, nem saída à pressa a romper a manhã gelada pelos croissants quentes e pelas moedas do troco. Este ano não haverá dente a dormir debaixo da amofada nem cêntimos a tilintar junto ao colchão. Fadas, duendes, bolas, laços, cristais de estrelas e um sino quebram a solidão das pombas. Prometem ficar até ao dia de reis. Prometem deixar as mensagens, também. Matt escreveu. Vem passar o natal.
cerâmicas de palomasnest
10 comentários:
Tão macio e quente este cheiro a Natal...
Olá, minha linda! Revisitamo-nos. Que bom, que bom.
não leves a mal o reparo mas tens um erro no texto, beijo.
apetece-me muito este natal, nem sei bem porquê :)
Tinha-te "perdido", foi bom o reencontro:)
(não são dois, o primitivo acabou naquele último post - não o posso esquecer, contudo)
Não levo a mal, luís nunes:) fizeste bem em corrigir-me. Em geral, quando pego no computador e acedo ao blog, o cansaço já é muito. Tenho de reverter esta situação mas por enquanto apresenta-se difícil.
(espero ter corrigido o erro no texto;)
hum hum :)
Que bom o Natal!precisamos tanto dele.
Beijinhos
natal como tréguas? e os outros dias do ano;)
bjs.
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