9.12.08

eu e o vaso



O vaso na casa, a terra húmida trazida do jardim.
O silêncio, de quando em quando, ilumina a casa.
O corpo, só de o pensar, mexe.



O vaso alimenta uma solidão pequena.





O vaso permanece no silêncio, não arreda,
acompanha a casa, acompanha o corpo.




Paulo José Miranda
A Casa (excertos do poema)
Imagem de Eleanora Arroy

6 comentários:

Anónimo disse...

O portallisboa (www.portallisboa.net) e a Chiado Editora anunciam que estão abertas as inscrições para a participação na obra “Entre o Sono e o Sonho “ – Antologia de Poetas Contemporâneos. Consulte o regulamento em: http://www.portallisboa.net/modules.php?name=sonosonho

carteiro disse...

O vaso como pedaço de Universo, como universo próprio de si.

Jaime A. disse...

O vaso alimenta uma solidão pequena porque o corpo é, também ele, solidão?

moriana disse...

obrigada, portallisboa ! :)

moriana disse...

o vaso. e a vida que nele germina. ou morre.

olá, carteiro.

moriana disse...

pode ser. alimentam-se mutuamente, as solidões. pode ser.