24.3.09

diários #16



Se morresse agora havia de morder-te
as noites. Ainda assim havias de pensar
que era um anjo pendurando-te os sonhos.

9 comentários:

aquilária disse...

perversidades deliciosas. e que têm o dom de conferir alguma ingenuidade ao irritante egocentrismo de alguns pensamentos... :)

abraço

clarinda disse...

Continuando...gostei muito da expressão 'crescer na ausência'.

Mas não morres e as noites só têm anjos da guarda:)


Beijinhos

Jaime A. disse...

Se morresse agora,
seria mais um pião
girando em pós
de sepultura.
Faria uma festa,
um alegre triunfo,
todavia solteiro,
naquele sonho dependurado.
Seria como se fosse
aquele último dia,
mais esquecido,
estonteante,
em malhas de pião,
de meninos antigos,
calções e chapéu,
esquecendo-me,
levando os despojos
de uma funérea
"garden party".

moriana disse...

apetece pensar pensamentos perversos (tantos "p's").

é isso mesmo, aquilária :) - ingenuidade que nem é apercebida...

abraço outro

moriana disse...

Não morro, dizes tu. Pronto, faça-se a tua vontade.
:)

bjs.

moriana disse...

Dia lindo para um(a) "garden-party", reparei nas folhas das árvores, verdes de esperança (saberão que irão morrer no outono?). E nós, lá vamos caminhando com essa sabedoria...

beijos.

moriana disse...

Clarinda, notei agora!

Errata:
onde colocaste "crescer na ausência" deve ler-se "crescer em ausência"

;

Hugo Milhanas Machado disse...

Um abraço [m]oriana!

moriana disse...

"...
mais esta certeza de que vimos para morrer,
uma canção triste que no fundo não esperávamos,
esta que temos em frente e que faz doer,
..."

para quando, a magia?
um abraço, Hugo-A.