excepto o curso dos rios, a linha das florestas,
dos desertos e glaciares
é nestas paragens que vagueia a alma,
parte, volta, vai e vem
alheia a si mesma, intangível,
ora certa, ora incerta da sua existência.
mas o corpo está e está e está,
sem ter outra saída.
Wislawa Szymborska
Gente na Ponte
(excertos do poema)
6 comentários:
o corpo está,
a alma voa,
sem rumo,
sem destino, chegada
ou regresso.
O curso dos rios
traz a imagem rude,
disforme,
do corpo em anelos
de si.
Brilha o horizonte tranquilo,
voa, em desvios sonoros,
a alma incerta.
O corpo queda-se
no rol longo de uma saída.
Uma escolha criteriosa!
Cumprimentos
excelente combinação entre a foto e o texto. os dois delirantes
o curso dos rios...a vida a não querer parar, ou o tempo...
bom domingo :)
muito belo este poema :)
por aqui, muita chuva - bom domingo Vieira Calado :)
gostei dos "dois delirantes" :)
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