20.7.09

Lisboa chama ao compromisso. Lisboa.



Soletro-te o nome e lá estás, naquele cotovelo da rua

... abres os olhos e sorris o sorriso cândido de todas as ofertas,

...e dançamos nesse baile antigo, indiferentes a quem nos
observa,

... e dançamos na
noite de uma vida inteira,



e quando te penso
és uma rapariga debruada de sol
numa janela de flores










Baptista-Bastos
(excertos)
trabalho sobre imagens de Katia Chausheva

4 comentários:

Jaime A. disse...

... e dançamos na noite de uma vida inteira,
não sei se te lembras:
mirava teu sorriso,
naquele cotovelo de rua,
enquanto sobrava sol
nos teus olhos;
dançávamos o baile antigo,
e as tílias derramavam-se
em sorrisos
à tua passagem.
Dava-te o braço,
esquecíamos quem passava,
e ríamos,
ríamos muito,
apesar do tempo,
apesar dos outros,
apesar de nós...
subia o pano
das nossas lembranças:
o teu sorriso,
a nossa dança,
o gozo pela vida,
como se a nossa alegria
fosse sempre nossa,
nunca se sumisse
por entre conversas escarninhas...

Fiquei aqui,
à beira da rua,
do cotovelo,
ainda abro os braços,
esperando uma dança
que já partiu,
há tanto tempo,
que só te recordo
o sorriso,
os braços lânguidos,
a tua leveza surripiante...
Não!
Não voltes!
Não voltes mais!

mixtu disse...

chamar...

brir olhos...

sorrir

dançar

numa vida (quase) inteira

abrazo serrano

moriana disse...

gosto de tílias, costumo comprar grandes ramos e secar as folhas para o chá :)

bj.

moriana disse...

abrir os olhos, sorrir é mais difícil :)

abraço citadino